Em uma jornada marcada por desafios e superações, Silvia Cristina de Souza, de 41 anos, residente aqui em Castanhal, enfrentou um momento de grande reviravolta ao descobrir um câncer no colo do útero durante um exame preventivo de rotina. Graças à realização do Papanicolau, um teste simples, porém fundamental, Silvia teve o diagnóstico precoce da doença, possibilitando um tratamento mais eficaz.
“Eu nem ia fazer o exame, mas quando cheguei no postinho, a agente de saúde me perguntou se eu já tinha feito. Como eu disse que não, ela marcou logo para a semana seguinte. Se não fosse a agente de saúde, talvez eu nem soubesse ainda”, relembrou Silvia.
O impacto do diagnóstico foi agravado pela demissão de seu emprego anterior, deixando-a em um estado de vulnerabilidade emocional. “Quando soube da doença, parecia que o céu tinha caído sobre mim”, admitiu Silvia. Entretanto, o suporte de sua família e a atenção recebida durante o tratamento no Hospital Ophir Loyola (HOL) foram essenciais para enfrentar essa fase difícil.
Durante o preenchimento do formulário no HOL, a equipe médica descobriu uma preferência da paciente: ser chamada pelo segundo nome, Cristina, ou simplesmente Cris. Essa atenção aos detalhes foi fundamental para que Silvia se sentisse acolhida em meio ao desafio enfrentado.
“Aqui eu me senti acolhida. Fora do hospital, a gente imagina outra realidade, a de que as pessoas que vêm para cá já estão no estágio final da doença. Mas, chegando aqui, vendo a situação e nas conversas com a equipe, a gente se acalma muito”, explicou Silvia.
Além do tratamento físico, Silvia encontrou apoio emocional por meio do prontuário afetivo e das sessões de terapia oferecidas pelo hospital.
“Eu não sou capaz de falar sobre a minha vida com outras pessoas, sou muito reservada. Mas, conforme a psicóloga foi conversando comigo, eu me senti à vontade para falar. Falei sobre minha relação com o meu esposo, sobre a minha família, sobre meus gostos. Eu amo brega e amo dançar”, compartilhou Silvia, demonstrando um sorriso reconfortante.
A especialista em terapia de família e casal, Christianne, ressaltou a importância do suporte emocional durante o tratamento contra o câncer.
“As interações com outras pacientes e com a equipe do hospital são muito positivas. É uma grande família. Aqui elas compreendem que não estão sozinhas e que esse momento é só uma fase. E o prontuário ajuda a trabalhar as emoções e nos permite externalizar muita coisa. É importante acreditar que, independente de qualquer situação, a gente não pode perder a força e a esperança”, destacou Christianne.
O caso de Silvia Cristina de Souza é um exemplo inspirador de como o diagnóstico precoce e o apoio emocional podem fazer toda a diferença na jornada contra o câncer. Sua história reforça a importância dos exames preventivos e do suporte psicológico adequado para pacientes em tratamento oncológico.
Deixe um comentário