O município de Tomé-Açu, localizado no nordeste paraense, foi classificado como um dos piores do país em eficiência na administração pública, de acordo com o Ranking de Eficiência dos Municípios – Folha (REM-F), divulgado nesta terça-feira (03). Entre os 5.276 municípios brasileiros avaliados, Tomé-Açu ocupa a 5.069ª posição, com um índice de 0,407, sendo considerado um dos 200 piores em gestão pública.
A gestão do prefeito Carlos da Vila Nova (MDB), apoiado pelo governador Helder Barbalho, recebeu duras críticas em relação à prestação de serviços essenciais à população. A cidade se destacou negativamente pela má alocação de recursos, com baixos índices de qualidade nos serviços de saúde, educação e saneamento.
Na área da saúde, o cenário é ainda mais alarmante. Com uma nota de 0,247, Tomé-Açu ocupa a 5.178ª posição entre os municípios avaliados, figurando entre os 98 piores em gestão de saúde no Brasil. Segundo o ranking, a cidade demonstrou notável incompetência em gerenciar os recursos destinados à saúde, refletindo-se nos frequentes problemas nos postos de atendimento.
O REM-F leva em consideração a receita per capita dos municípios e avalia a eficiência das prefeituras na oferta de serviços essenciais, como saúde, educação e saneamento. A metodologia utilizada combina dados de cobertura e qualidade desses serviços, com uma escala que varia de 0 a 1 – quanto mais próximo de 1, maior a eficiência.
Carlos da Vila Nova, além de atual prefeito, é pai do ex-prefeito e deputado estadual Carlos Vinícios (MDB), ambos envolvidos em polêmicas judiciais, sendo acusados de envolvimento no assassinato do advogado Jorge Pimentel e do empresário Luciano Capácio em 2013.