Em uma sessão que se estendeu por seis horas, presidida pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, John Alan Vilhena Costa foi condenado a 13 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado, pelo homicídio qualificado de Isac Flávio da Silva e Silva. O julgamento ocorreu na última semana, com o réu participando remotamente devido à sua prisão em uma penitenciária no estado do Ceará.
No mesmo júri, os jurados absolveram John Alan da acusação de tentativa de homicídio contra José Henrique Correia da Silva. A decisão foi tomada após considerarem os argumentos apresentados pelo defensor público Rafael da Costa Sarges, que destacou a “fragilidade das provas” em relação à segunda acusação. José Henrique, notificado para depor, não compareceu à audiência.
A promotoria, representada pelo promotor de justiça Manoel Victor Sereni Murrieta e Tavares, conseguiu a condenação de John Alan pela morte de Isac, com os jurados acatando parcialmente a acusação.
Durante o interrogatório, John Alan confessou ter efetuado os disparos de arma de fogo que resultaram na morte de Isac Flávio, alegando legítima defesa. Segundo ele, o incidente ocorreu em agosto de 2021, na Travessa Augusto Montenegro, no Bairro Apeú, em Castanhal, após perceber que sofreria um atentado enquanto retornava para casa após a entrega de bebidas no balneário “Pororoca”.
John Alan, que já havia sido preso em 2017 por tráfico de drogas, relatou que passou a ser perseguido e extorquido por traficantes locais, o que o levou a agir em defesa própria ao atirar contra os dois homens em uma motocicleta, atingindo fatalmente Isac na cabeça e nos ombros. O condutor da motocicleta conseguiu fugir, abandonando seu comparsa no local.
Por questões de segurança, o júri foi transferido de Castanhal para Belém, conforme requerido pela promotoria de justiça da Comarca de Castanhal.