A inauguração da Usina da Paz de Castanhal, prevista para esta terça-feira (28), foi adiada de forma inesperada após uma série de protestos de profissionais da educação contra o governo do estado, comandado por Helder Barbalho (MDB). O evento, que contaria com um grande aparato policial, gerou tensão e manifestações de centenas de professores que exigiram a exoneração do secretário estadual de educação, Rossieli Soares, e criticaram duramente a gestão do governador.
Em vídeos que circularam nas redes sociais e aplicativos de mensagens, os manifestantes expressaram sua insatisfação com o que consideram ser o desmonte da educação no estado e cobram melhorias para a categoria. As imagens mostraram um grande número de professores reunidos, protestando contra as ações do governo estadual.
Poucos minutos depois do início dos protestos, o governador Helder Barbalho, acompanhado de sua vice, Hana Ghassan (MDB), publicou um vídeo em suas redes sociais, justificando o adiamento do evento por conta da chuva. Contudo, fontes ligadas ao Portal Mais Castanhal afirmaram que o adiamento pode ter sido motivado também pelo receio do governador diante da grande mobilização dos manifestantes.
Vale destacar que nas últimas eleições municipais de outubro, o candidato apoiado por Helder, Paulo Titan (MDB), tentou a reeleição em Castanhal, mas foi derrotado por Hélio Leite (União) por uma diferença de quase 9 mil votos. Assim como o governador, Titan também enfrentou duras críticas dos professores durante os quatro anos de sua gestão, o que resultou em diversas manifestações em Castanhal.
O episódio gerou um clima de tensão na cidade e levantou ainda mais questionamentos sobre a relação do governo com os profissionais da educação. A comunidade local segue atenta aos desdobramentos dos protestos e à repercussão do adiamento da inauguração da Usina da Paz.
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